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Xamanismo: Uma história de mais de 40 mil anos!

Comprovadamente o Xamanismo existe no planeta há mais de 40 mil anos. Os aborígines australianos são os xamãs mais antigos de que se tem notícia (dado oficial do próprio governo da Austrália) e são originários da época da Lemúria, bem antes da Atlântida, quando o plano original era se criar um planeta com uma população de raça negra.

Conheço seis ramos xamânicos: o índio; o aborígine da Austrália; o africano dos negros de toda a África; o siberiano da península de Altai na Rússia; o celta dos antigos druidas, numa determinada região da Europa e o cigano.

O Xamanismo é um marco divisor na minha vida. A partir dos últimos 5 anos, quando as experiências começaram a se tornar freqüentes, incorporei os conceitos xamânicos em minha vida e ela se transformou totalmente para melhor.

Uma das minhas formações pós-faculdade é a TRVP, Terapia Regressiva a Vivências Passadas, que concluí em 2 anos de curso no INTVP, junto à competente psiquiatra Dra. Maria Júlia Prieto Peres, que é técnica de grande capacitação na liberação de traumas referentes às memórias extracerebrais, vida intra-uterina ou ocorridos nos nossos primeiros sete anos de vida.


Um dia, “tentando” fazer uma Terapia Regressiva num paciente – apesar de usar todas as técnicas disponíveis não conseguia fazê-lo “entrar em si” e falar sobre seus sentimentos e emoções pois relaxar para ele era dormir – e sendo Reikiano, coloquei uma mão no centro de sua cabeça para acalmar e a outra no coração visando abertura do seu mental superior. Continuava a indução ao relaxamento com palavras apropriadas para que ele atingisse o estado alfa, necessário para se entrar no nível que a TRVP nos exige. Estávamos eu e ele na sala, com a porta fechada, quando sinto alguém à minha direita; olhei meio assustado pois a cerca de meio metro de mim, havia um índio, todo vestido a caráter com penas na cabeça, vários colares pelo pescoço, braceletes, cabelo comprido e todo enfeitado, peito nu e em sua mão direita um chocalho (m´baracá) que agitava freneticamente e começa a dar uma ordem, dentro de minha cabeça: ”Pegue o chocalho, pegue o chocalho… ” Sem entender direito, peguei o chocalho e ele prosseguia… ”Chacoalhe… Chacoalhe…” Comecei timidamente a chacoalhar… E ele me diz… ”Mais rápido, mais rápido… ”

Imaginem minha situação: preocupado com o paciente deitado numa maca, eu de pé diante dele, tentando fazer com que relaxasse, com a mão esquerda no seu coração e a direita chacoalhando alguma coisa sobre ele com muita velocidade e força. Se ele abrisse os olhos, certamente não veria nem índio, nem chocalho… O que poderia pensar de mim? Como iria explicar o que estava fazendo sobre ele… Só que a força moral do índio era absoluta e não dava para resistir ao seu pedido naquele momento.

Após algumas chacoalhadas abre-se na minha frente um portal e aparece uma imensa floresta; dava até para sentir o cheiro do mato, que vem celeremente na minha direção e pára bem rente à maca. Eu fiquei extasiado. Já havia vivido várias vivências interdimensionais, mas somente em reuniões ou trabalhos espirituais e esta estava acontecendo no meu consultório, durante uma sessão de regressão, sem que eu invocasse nada, nem ninguém. Voltando à floresta, quando ela pára bem rente à maca começam a sair, do meio das árvores, energias esverdeadas leitosas como se fossem formadas por uma luz pastosa e começam a entrar no coração e no estômago do paciente; entendi que eram energias da natureza visando fortalecê-lo e propiciar as condições para realizar o trabalho.

Antes do índio desaparecer indaguei mentalmente o que era aquilo e ele me disse que era Xamanismo e que eu fosse estudar. A partir deste dia comecei oficialmente a trabalhar com a energia xamânica, mas fui fazer um curso de xamanismo e sobre os 4 caminhos sagrados (dos 4 elementos) com o Sérgio e a Walquiria do Instituto KVT, onde aprendi os conceitos básicos. Aprendo diariamente as outras coisas, em cada trabalho xamânico que realizo.

Criei no meu atendimento duas salas de trabalho: uma para psicoterapia e uma sala para trabalhos xamânicos. Praticamente todos os meus pacientes, vez ou outra, participam de um trabalho xamânico, pois hoje uso o xamanismo para fazer o relaxamento e fazer a pessoa entrar em estado alfa, visando a regressão. Alguns pacientes, quando estão muito agitados, acabam me pedindo para naquele dia fazerem uma sessão xamânica onde entram em contato com rios, cachoeiras, árvores, mata, fogueiras, tribos, ervas, animais de poder, ou seja, voltam a entrar em contato consigo mesmos, saem das dores e vão embora muito bem, com energia renovada e esperança no coração.

Outra coisa que aprendi no Xamanismo foi a limpeza do corpo emocional ou, como se diz na Psicologia Transpessoal, do nosso Subconsciente, local onde vivem depositados os nossos medos, apegos, inseguranças, tristezas, mágoas – as dores emocionais de maneira geral – e fui desenvolvendo um modelo de limpeza deste corpo na própria natureza xamânica, nas pessoas que aceitam esta prática, visando acelerar o seu processo de autoconhecimento, trabalho este que acabei incorporando em alguns dos cursos que ministro durante a semana.

No xamanismo indígena, há vários rituais de cura e objetos de poder, que visam trazer a harmonia ao paciente. Durante a abertura de uma roda de cura, normalmente aparecem os nossos animais de poder (egrégoras espirituais de luz, que são trazidos para nos ajudar a compreender quem de fato somos: Seres de Luz – Essência do Grande Muña = Deus, na língua Abanhaenga). Eles vêm lamber as feridas de nossas almas. Retiram as energias não qualificadas que estão nos corpos sutis de cada pessoa. São amorosos, amigos, gentis, brincalhões. Algumas pessoas conseguem apenas vê-los, mas muitos conseguem conversar com eles, que passam recados fantásticos sobre a vida comportamental de cada um, sempre visando a melhoria do entendimento do momento astral e cura de nossas dores interiores.

Uma das finalidades do Xamanismo, na atualidade, é fazer com que o ser humano volte a respeitar a natureza e a ter harmonia com a Mãe Terra, que pare de agredi-la e reaprenda a amá-la como era no princípio quando o homem começou a encarnar no planeta. Quem pratica o Xamanismo não consegue jogar um pedaço de papel no chão, não polui um rio, respeita toda a natureza como uma dádiva divina e entende que os 4 elementos (ar, fogo, água e terra) são as forças vivas que a divindade nos deu para criarmos uma vida de plenitude no planeta. Só quando voltarmos a nos harmonizar com estes 4 elementos, nos tornando parceiros deles e não mais usurpadores que iremos construir uma vida de dignidade, onde o compartilhar e o repartir todas as coisas, torne-se o interesse comum que comanda todos os corações dos humanos viventes na querida “Patcha Mama”.