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Relação ou Manipulação

(Algoz como Vítima?)

A mídia que é muito inteligente dedica espaços enormes a programas de cunho feminino, e muitos destes programas têm a tônica de tratar os relacionamentos. Grande parte da pauta destes programas é baseada em uma das coisas que muitas mulheres gosta muito de fazer: “Suas queixas ou o seu papel da vítima”. E quando isso acontece é o homem que está na berlinda.

O homem é na maioria das vezes apontado, como vilão da história. Ele não assume a relação, ele abandona a mulher e os filhos, ele não paga a conta, o sustento ou a pensão, ele tem mais de uma mulher, e possivelmente filhos com ambas; ele é galinha; ele não liga para mim, ele não assume sua responsabilidade como homem, ele “não dá mais no couro”, etc.

É um verdadeiro rosário de queixas que se escuta, onde se tentam provar a todo custo que o homem ou a maioria deles não presta, “os homens são safados” e que as mulheres são frágeis, mas precisam se tornar mais fortes e assumir tudo, filhos, família, sustento. A mulher reclama, reivindica, protesta, em grande parte com justiça e diz ao mundo da sua dor e do seu desencanto do homem que não cumpriu sua parte na relação.

E quando é o contrário? E quando é a mulher que tem atitudes semelhantes às expostas acima? Como fica o homem? O que faz o homem? Onde ele pode reclamar? Que espaço ele tem para falar de suas dores, queixas, mágoas ou traições?

Olhando à mídia, verifico que nenhum espaço, pois os programas que são feitos para homens, são de economia, esportes e só não tem de mulher nua, pois só em revistas se possibilita este tipo de “programa”, apesar de que, algumas tvs fechadas já apresentam programas de striptease pela madrugada.

Há uma grande lacuna entre as necessidades do masculino e o que se apresenta para ele como alternativa de se expor. O homem não deve se expor. Ele tem que continuar calado, sofrendo se preciso, mas falar do que acontece não é seu direito, e se o fizer, certamente será julgado como incompetente, fraco, boiola, etc.

Normalmente o que dão espaço para o homem falar, é se aquela popozuda é mais bonita do que a outra, quem tem as pernas e tetas mais bonitas, e quase que fica por aqui. Apenas, somente e apenas o corpo da mulher é o instrumento de sua análise. A mídia sabe que o homem pensa com a cabeça de baixo, e uma cruzada de pernas, um decote aparecendo, ou a sensação de que ele poderá conquistar ecomer aquela mulher tem sido o suficiente.

Até agora segui este caminho comparativo, visando te levar a entender que a coisa não pára aí. Estamos diante de uma grande teia, de um grande jogo, com enormes processos manipulatórios, e nos dão o sexo, ou o corpo da mulher para ser observado e desejado, como um grande cala a boca, visando que tudo se mantenha como esta, e nós homens continuemos inconscientes do real, ou de uma verdade que está por trás de um conjunto muito maior do que imaginamos.

Você homem é manipulado, confundido, inocente, babaca, não faz a leitura do que acontece, não tem consciência de si e do mundo que vive, pois olha o mundo com a glande do pênis e paga a conta financeira e a conta humana, por morrer bem mais cedo do que a mulher. De fato nós homens, temos sido uns babacas!

Vou tentar desmistificar esta visão do homem vilão e da mulher vítima, e talvez no final do capítulo a sua visão tenha sido alterada e com este material para pensar, você possa agir de maneira diferente nas suas relações com o feminino.

Eu afirmo aqui, em outros capítulos deste livro, em palestras que faço e em cursos que ministro, que o homem é manipulado e nem se dá conta. Isso ocorre porque quem deveria lhe dar esta consciência, é quem primeiro o manipula. A sua mãe.

Estamos diante de uma relação de poder em nossa sociedade e esta relação começou, quando tiraram o poder do matriarcado e ele foi passado para o patriarcado, por diversas necessidades evolutivas e planetárias. A mulher que comandava, por usar de maneira inadequada o poder, perdeu este poder para o homem (vide capítulo Mascunino/Femilino). O homem ao assumir o poder, de certa maneira fez a mesma coisa, praticou os mesmos atos errôneos que as mulheres praticavam com ele.

Só que a mulher ao perder o poder planetário, não se conformou e desenvolveu artifícios e atributos que lhe davam um pouco do poder perdido e passou a manipular este homem. A história continua e se não se fizer algo para dar consciência ao masculino, o preço que já pagamos e iremos continuar a pagar no futuro é bem caro, por estarmos muito defasados em relação à abertura de consciência que a mulher apresenta, comparando-se com o homem.

O homem ao casar passa a titularidade da sua mãe, para sua esposa. Ele entra na relação com a convicção que é “o dono do pedaço”. Foi servido pela sua mãe, e será servido pela sua esposa nos primeiros anos da relação. De maneira geral, não terá muitas preocupações com certas coisas básicas da vida, por achar que “são coisas de mulher”, e abrirá uma porta muito perigosa para seu futuro, que será difícil depois de fechar.

Ele abre tanto espaço para a mulher na administração das coisas em comuns, principalmente as do lar, que a casa passa a ser da mulher, e ele é apenas um morador do seu próprio lar, lugar que na maioria das vezes, montou com o dinheiro ganho no seu suado trabalho.

Por não ter sido treinado em administrar uma casa, tem uma enorme desvantagem com relação à competência da mulher e acaba se submetendo e obedecendo àquilo que sua esposa decide como o certo. Em vez de buscarem a parceria e aprendizado conjunto, ela decide, ela ordena, ela escolhe e quando ele não faz como ela quer, corre o risco de ser agredido verbalmente ou taxado como inapto.

Algumas mulheres que conheço, até tem uma proposta de divisão, de participação do casal na administração da casa. Só que aqui acontece um fato polêmico entre os sexos. A visão da ordem, arrumação e harmonia é diferente de um para o outro. O homem não tem culturalmente treino para manter uma arrumação numa casa, como a mulher sempre o teve, e vê, sente, e faz as coisas diferentes do que a mulher faz. Isto provoca uma série de críticas do feminino com relação ao masculino, e a mulher sem paciência de esperar um equilíbrio entre as partes, pois ela quer do seu jeito, acaba tomando a liderança e fazendo quase tudo.

A casa pertence a ela e não ao casal e tenho visto que muitas não querem que o homem faça muitas coisas, por não quererem dividir o mando e o poder que mantém na condução de um lar, mas se permitirem que ele faça, terá que ser da maneira que ela quer. Normalmente só tem uma maneira certa. A maneira dela.

Este é o primeiro valor que é estabelecido, e daí para frente fica fácil, cada vez mais a mulher ir ocupando o espaço na vida deste homem. Tenho aprendido com muitas pessoas que convivo na vida profissional que a mulher precisa mandar. Muitas para se sentirem seguras, precisam ter a vida deste homem totalmente controlada, de certa forma, sem que ele perceba como. Manipulam, dissimulam e manobram seu homem na direção que acham adequada a lhes dar a segurança ou objetivos desejados.

Aí segue o casamento e com o passar do tempo e desgaste da relação, a mulher vai tomando conta de tudo e ao homem só resta se submeter ou viver uma vida de constantes brigas. Trabalhar e obedecer, tem sido o destino de muitos homens. O seu lar, não é um lugar que lhe dê tanto prazer. Não é em casa que refaz as forças para sua vida diária. Seu lar é um foco de tensão e preocupação.

Tenho acompanhado muitos homens em atendimento psicoterapêutico, ou mesmo em palestras ou cursos, que relatam seus infortúnios domésticos, e chamam de maneira geral o “gênio ruim” da mulher, quando ela tira todo seu espaço de vida, dentro de sua própria casa. A casa tem que ser do jeito que ela quer. As coisas têm que estar onde ela determina. Ela escolhe e decide quase a totalidade das coisas que compõe o lar, e a este homem, só resta na grande maioria, pagar a conta. Ela sabe e você homem não sabe.

Homens; percebam o que vocês tem feito com seus vidas, pela inconsciência que viveram até hoje!

Alguns que se aposentam, por já passaram dos 55 anos, se tornam hóspedes de suas próprias casas. A implicação da mulher, os comentários que ela faz com outras pessoas, do inferno que é sua vida, depois que ele se aposentou, que não consegue manter a casa em ordem, porque ele bagunça tudo, fica no meio da sala atrapalhando, deixa tudo fora do lugar, é muito folgado, e vai por aí.

A simples presença dele em casa a irrita. Ela se sente invadida em seu espaço. A ordem da casa é mais importante do que o marido ou o casamento. Ela vive a vida toda tentando por ordem. Correndo atrás da ordem. Ela com tanta ordem, está diante de um marido que vem provocar desordem.

Esta liderança da mulher, este espaço vital no lar que ela assumiu, é um grande e injusto padrão que ambos herdaram da educação recebida, onde o homem trabalha e traz o dinheiro e a mulher toma conta da casa. É a dona da casa.

Normalmente a mulher entra no matrimônio de maneira bastante inocente, às vezes mais do que o homem. Por ser naturalmente romântica, ela sonha ao casar com um príncipe ou com um casamento ideal e um homem ideal, e também não olha com quem casou, ou tem lá dentro uma determinada esperança, comum ao feminino que lhe diz:” mas eu vou mudá-lo, ele ainda vai ser do jeito que eu quero”.

É muito comum escutarmos esta frase em várias circunstâncias de vida, e principalmente nas conversas entre mulheres: “Ele me dá tanto trabalho”. Se tiver paciência pergunte a esta mulher que falou esta frase e constatará que ela tenta o tempo todo fazer o seu companheiro funcionar da maneira que ela acha adequada.

Ela batalha quase que uma vida toda, tentando que este homem incorpore determinados valores e venha a pensar como ela pensa. Tenta múltiplas vezes, esforça-se, discute, insiste e quando chega numa determinada fase da vida, quando a ilusão acabou, e ambos estão se vendo como de fato são, vem a desesperança, e ela então tende a cobrar do homem todo o esforço que ela fez para que ele melhorasse. Cobra as desilusões que ele lhe deu, e as atitudes de desequilíbrio que tenha praticado.

Este homem fica acuado. Não há quem não tenha errado. Se ele errou, certamente ela foi conivente com o fato, tinha algum interesse em continuar na relação, mas agora resolve jogar tudo na cara dele. Resolve se libertar agressivamente de tudo aquilo que diz ter suportado, justamente agora que este homem está fraco, frágil, e não tem mais capacidade de viver sozinho, por não ter aprendido em momentos que poderia tê-lo feito.

O interessante é a conclusão que cheguei depois de pesquisar mais de uma centena de casos, onde o homem que sofre este tipo de pressão aqui relatado tem um comportamento em comum. Se ele “aprontou” ou não das suas, não importa, mas se hoje, atualmente, o comportamento dele é de querer agradar, de se submeter, de obedecer, de tentar o tempo todo na relação não descuidar das atenções com sua companheira, é este homem que está sendo tiranizado pela sua mulher.

Como foi a vida toda servido pela mulher, não aprendeu a fazer nada. É frágil, dependente e babaca. Não sabe fazer nada sem a mulher, apesar de alguns querem arrotar machismo com gritos e esperneios.

Minha aprendizagem com o feminino, tem confirmado que a mulher tem necessidade de ter um desafio com este homem. Enquanto ele resiste a alguma coisa que ela queira que ele mude, enquanto ele não dá muita atenção a ela, enquanto ele nem liga para as reclamações dela, e o que ela fala entra por uma orelha e sai pela outra, este homem vive de certa forma bem na relação.

Quando ele capitula, é bonzinho, se preocupa muito com ela, com o que ela quer, pede ou cobra, procura fazer todas as suas vontades ou exigências, este homem passa a viver como o já relatado. Sem espaço, sendo tiranizado pela companheira, e muitos sendo agredido verbalmente quase todos os momentos. Estas são as mulheres machistas, que não suportam ver um homem frágil. Elas não dão o direito ao homem de ser frágil. Infelizmente muitas delas são nossas mães ou esposas.

A conclusão que chego é que muitas cabeças femininas não sabem viver uma estabilidade. Não sabem viver em paz. Precisam normalmente estar em confrontos e competições. Precisam correr atrás dos seus homens, enfrentando os desafios para mudá-los. Enquanto não conseguem modificá-los, vão continuar tentando, e aí ELAS VALORIZAM SEUS COMPANHEIROS, pela resistência que eles tem às mudanças.

Quando não há mais este jogo, OCORRE A DESVALORIZAÇÃO. Há alguns casos clássicos da Psicologia, onde algumas mulheres que tiveram seus maridos alcoólatras, e lutaram a vida toda vivendo um papel de sofrimento e vítima. Quando seus maridos entendem o processo do alcoolismo e param de beber, estas mulheres entram em depressão. Não encontram mais sentido na vida, por não ter pelo que lutar e algumas até chegaram a se tornar alcoólatras, quando eles paravam de beber. Se ele voltar a beber, ela imediatamente para e volta ao papel anterior.

Concluo que está estabelecida uma grande neurose em grande parte do contingente feminino. A neurose da tomadora de conta, a neurose da dona do pedaço, a neurose da manipuladora que luta o tempo todo para controlar ou conquistar. Quando ela consegue o que quer, e este homem acaba fazendo o que ela quer, e não tem mais com que lutar, sua vida perde o encanto, e acaba jogando em cima do seu companheiro toda a sua frustração que este lhe causou, por ter lhe tirado este papel.

Se você que me lê, der a oportunidade de lhe dar uma dica, aqui vai uma importante:

Nunca dê total segurança de coisa alguma à sua companheira. Deixe-a sempre com alguma dúvida ou alguma coisa para conquistar com você. Se possível deixe-a insegura algumas vezes. Não corra o erro de tentar lhe dar segurança total. De certa maneira não é segurança total que ela pede, mas sim um desafio para sem vencido. Se der segurança total, ou todas as informações sobre tudo, ela não terá mais o que conquistar. A mulher necessita o tempo todo estar conquistando, e saiba seu homem-babaca, não é você que conquista, você é o conquistado.

A tendência dela é querer ter controle sobre sua vida, suas amizades. Não deixe, se deixar ela não te respeitará mais. Deixe-a o tempo todo tentando ter este controle, mas não dê o controle para ela. Se der, você perde seu casamento.

As cenas de ciúme que ela vier a fazer é problema dela. Não tente provar tua fidelidade ou o TEMPO TODO TEU AMOR, COMO NORMALMENTE ELA TE EXIGIRÁ. A insegurança que ela tem, a intranqüilidade que apresenta, faz parte da neurose dela, que precisa ter toda a segurança sobre você e é problema dela resolver.

A chave para se viver bem com uma mulher é POR LIMITE na relação. Não deixá-la invadir teu espaço. Certamente ela reclama quando você põe limite, mas o limite representa ela saber encontrar uma nova maneira de conseguir junto a você o que ela quer. O limite é um desafio para ela.

Se parecer louco e machista o que afirmo, creia-me não é louco nem machista, mas saudável e MASCULISTA. Eu te mostrei aqui uma realidade de um comportamento que uma parcela considerável de mulheres praticam. Você participa desta tem teia ou jogo, por não fazer a leitura de si. Como você acha que “come” e seduz, tem estado preso na ilusão de que é o bom. É ainda e infelizmente, a mesma crença que lhe passaram quando criança, que ao se sentir muito nutrido pela mãe você desenvolveu: Eu sou o bom.

Homem você não é o bom. Se descer deste trono e perceber que você é o frágil, que você é que está por baixo, que você é o dependente, poderá virar este jogo e equilibrar tua vida e o próprio destino do planeta. Tudo aquilo que eu vivo em minha vida doméstica, se reflete imediatamente no meu social.

Se você é um homem jovem ou de uma relação afetiva nova, é provável que o aqui descrito não seja ainda desta maneira, e não faça parte de sua realidade, mas a tendência com o passar do tempo é ser parecido com isso. Olhe seus pais, seus tios, e os casais mais velhos. Aprenda com eles, principalmente como não de faz. Busque o teu modelo e não a repetição do que já existe.

O MASCULISMO é um termo que foi criado, para dar ao homem uma consciência de si, dos seus valores, dos seus direitos por normalmente nós homens não os desenvolvemos, pela dependência que aprendemos a ter do feminino. É hora de você ser um masculista. É a hora de uma nova proposta para tua vida e tua eternidade. É hora de deixar de ser babaca. É a hora da tua libertação e tua maturidade. Aproveite porque já estamos no 3o. Milênio.